Palacete que pertenceu ao empreendedor Irineo Evangelista de Souza, mais conhecido pelos títulos de nobreza de Barão e Visconde de Mauá, que representou na história do segundo reinado importantíssimo papel como homem de visão nos setores comercial e industrial do Brasil, e um dos homens mais ricos do mundo no século XIX. Construção de 1854, a casa era usada por ele como residência de verão e foi desenhada pelo engenheiro Otto Reimarus. O prédio acabou sendo empregado no pagamento de parte da dívida dos credores, quando da falência de Mauá em 1878, e foi comprada pelo Sr. Alberto de Faria, advogado, industrial e biógrafo de Mauá. Na década de 1950/60, Vinícius de Moraes, na ocasião casado com a Sra. Lucinha Proença, descendente de Alberto de Faria e herdeira da propriedade também veraneou no antigo palacete de Mauá. Alí compôs “Pobre Menina Rica” em parceria com Carlos Lira, e também “Apelo”. Atualmente, integra o patrimônio da Prefeitura de Petrópolis como sede da Secretaria de Educação da cidade. Hoje, no prédio, também funciona uma escola municipal com ensino fundamental e supletivo. A Casa do Visconde de Mauá fica localizada na saída da Avenida Barão do Rio Branco com acesso para a Avenida Piabanha. bem ao lado do Palácio de Cristal.
O palacete até hoje conserva suas linhas neoclássicas sóbrias, com seus telhados escondidos por beiras de alvenaria, janelas e portas no mesmo estilo usado na época do II Império. Tem à sua volta um belo jardim gramado, com algumas espécies de palmeiras e árvores frutíferas. A propriedade é toda murada de alvenaria e gradis de ferro, vindos do estaleiro do próprio Mauá, na Ponta de Areia, em Niterói. As dependências do palácio são claras, espaçosas, arejadas, com grossas paredes e janelas com grades de ferro, com uma linda vista para a mata. Seu interior possui um átrio com colunas, piso de mármore e também uma lareira.